O Chevrolet AGILE possui um bom sistema de ar condicionado, mas ainda com uma tímida visita ás oficinas de ar condicionado. É equipado com um compressor DELPHI CVC (compressor variável compacto) com 6 pistões e 125 cc de capacidade volumétrica variável.

A carga de fluido refrigerante R134a recomendada é de 550g de fluido e 150ml de óleo PAG 46. O compressor pode apresentar vazamentos no lip Seal (o “selo”, talvez o ponto mais vulnerável do sistema). Na troca do Lip Seal recomenda-se a troca do rolamento da polia do compressor, aproveitando a mesma mão de obra, pois o óleo que vaza pelo eixo do virabrequim do compressor atinge e invade o rolamento, diluindo sua graxa e afetando sua durabilidade. Se o compressor estiver com ruído interno, oriundo do desgaste das partes móveis, recomenda-se a troca do mesmo (incluindo o filtro secador, condensador, compressor novo e limpeza “FLUSH” interna da tubulação).

O rolamento da polia do compressor ruidoso pode causar aquecimento e afetar resistência da bobina do compressor. O conjunto de polia embreagem eletromagnética para o acoplamento, sofre desgaste e com o tempo essas superfícies vão se distanciando, a medida de afastamento recomendada é cerca de 0,5mm entre elas.

As válvulas de serviço das linhas de alta e baixa são de fácil acesso, próximas ao filtro de ar do motor. O sistema de ar condicionado possui válvula de expansão, com seu acesso pelo lado de fora do painel, mas esta peça raramente apresenta problemas. A tubulação de baixa possui uma mufla para evitar retorno de fluido refrigerante no estado líquido.

O sistema possui um transdutor de pressão na linha de alta após o filtro secador, que informa o módulo de injeção a pressão do fluido refrigerante nesta linha, em caso de pressões muito altas ou ausência de pressão, o módulo desabilita o compressor por segurança ( o transdutor não mede a quantidade de fluido refrigerante no sistema. Por ter um compressor de fluxo variável, não há a necessidade de haver um termostato, pois antes do evaporador começar a “congelar” o compressor é pilotado por uma válvula termostática de fluxo (torre) que diminui momentaneamente a capacidade volumétrica do compressor, fornecendo apenas o deslocamento de fluido refrigerante necessário para manter o evaporador próximo de zero grau.

O eletroventilador é colocado atrás do radiador, ele possui duas velocidades, a 1ª velocidade liga quando a pressão do fluido refrigerante atinge cerca de 16 bar passando por um resistor. Este resistor pode apresentar problemas de queima do fusível térmico ou derretimento dos seus terminais. É um detalhe que passa despercebido por muitos reparadores. É de fácil diagnose e manutenção e afeta muito o desempenho do sistema. A 2ª velocidade é acionada pelo aumento de pressão na linha de alta, por volta dos 20 bar. O transdutor percebe esta pressão e informa o módulo de injeção. Isso ocorre para manter o fluido refrigerante numa faixa de pressão e temperatura que facilite a condensação (mudança de estado de vapor quente para líquido “morno”). Caso a pressão na linha de alta fique muito elevada, por volta dos 28bar, o transdutor de pressão desarma o compressor.

O condensador tem a tubulação com flange O filtro antipólen é o mesmo do Corsa Classic e com o mesmo acesso, ao lado da bateria e abaixo da “grelha” do limpador de para-brisas. Sua troca é recomendada a cada 6 meses, dependendo do uso. O sistema de ar quente não possui válvula e é liberado apenas por portinhola acionada por cabo de aço do painel de comando.

O acesso ao ventilador interno e ao seu resistor é por dentro do carro, por baixo do porta luvas O direcionamento de fluxo de ar é feito por portinholas acionadas por cabo de aço e roldanas. Apesar o painel de comando ser com display digital, ele marca basicamente a função selecionada e não é um sistema automático ou semi automático.

O sistema do reciclo é acionado por um servomotor, localizado atrás do porta-luvas. O sensor de temperatura externa fica montado na parte inferior do para-choques

Sistema de ar condicionado notas:

• Custo de peças de reposição 4

• Disponibilidade de peças de reposição 4

• Incidência de problemas – raramente vai á oficina – nota 5 ótimo para o cliente mas nota 1 , péssimo para o reparador.

Professor/Instrutor Mário Meier Ishiguro – ISHI

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